quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

É HORA DO MERGULHO


O slogan fascista que o pessoal da bancada da bala colocou nas faixas afixadas em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, ontem, é assustador. Eles, que pretendem liberar o porte de armas até para quem foi condenado por homicídio culposo, por meio do projeto de lei 3.722/2012, que revoga o Estatuto do Desarmamento, estão propondo, nas mensagens, "o direito à legítima defesa armada" e estampam: "se queres paz, prepara-te para a guerra". Traduzindo: querem transformar o país, já campeão em homicídios, a maioria de jovens negros e pobres, em uma praça de guerra, onde o grande vitorioso será sempre a conta bancária da indústria da morte e daqueles que a representam. Em nome do obscurantismo, usam argumentos inconsistentes: "Em nome da democracia, queremos que o referendo de 2005 seja respeitado". Ora, já é respeitado e cumprido: o referendo mostrou que o brasileiro não queria perder o direito de comprar armas, se assim o quisesse. E pode comprar, desde que cumpra os requisitos do Estatuto: ser maior de 25 anos, realizar exames, etc. Não temos que cumprir requisitos para tirar carteira de motorista e renová-la? Por que seria diferente com armas? Outra frase nas faixas: "O cidadão de bem desarmado é vítima dos bandidos nas ruas":  ora, quem pode proteger o cidadão nas ruas é a polícia, e isso depende das políticas de segurança pública. Armas nas mãos de civis nas ruas vão transformar as cidades em trincheiras e arriscar a vida da população, sujeita a morrer atingida por balas que de perdidas não têm nada, sempre vão achar um inocente, uma criança, um filho/a, amigo meu, seu, de todos nós, a qualquer momento. É isso o que queremos? Eu, como milhões de brasileiros, não. Queremos paz, e paz se faz com prevenção, com medidas que evitem mortes, e não com armamentos que só servem para provocar mortes.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA: Participe!

O Estatuto do Desarmamento

ajuda a preservar vidas. Não deixem

que essa conquista seja derrubada


Mais de 35 mil brasileiros são mortos com arma de fogo por ano. São mais mortes do que nos países em guerra! Esse número só caiu a partir de 2004, quando o Estatuto do Desarmamento entrou em vigor e começou a tirar armas de circulação para proteger a população.
Mas, agora, o PL 3.722/2012, que tramita na Câmara, destrói todas as medidas de prevenção do Estatuto do Desarmamento.
Entre outros prejuízos para a sociedade, esse projeto reduz a permissão para o porte de arma de 25 anos para 21 anos; e permite que criminosos que cometeram homicídio culposo e outros crimes tenham o porte de arma!!!
Esse projeto só interessa à indústria de armas, que se enriquece com as mortes.
Não podemos permitir esse retrocesso!




terça-feira, 31 de julho de 2012


Direitos Humanos são
para quem, afinal?

O I Seminário dos Direitos Humanos das Vítimas de Violência vai mostrar o fosso existente entre o que está nos códigos e a realidade da população brasileira, onde os índices de assassinatos superam os dos países em guerra, e as vítimas "invisíveis" desse holocausto nacional: os familiares daqueles que a violência leva antes da hora. A busca é por justiça e pelo atendimento especial do Estado, determinado por resolução das Nações Unidas.
Para discutir a questão, a Secretaria de Justiça está trazendo quem entende do assunto. Profissionais de reconhecimento internacional, como a psiquiatra, escritora e especialista em comportamento humano Ana Beatriz Barbosa  (sempre presente nas listas de livros mais vendidos no país, com trabalhos como Mentes Perigosas, Mentes Ansiosas, Bullying e outros), e a procuradora de Justiça de São Paulo e também escritora, Luiza Nagib Eluf, especialista em violência sexual e femicídio.
Integrantes da Comissão de Juristas responsável pela reforma do Código Penal, Luiza e o desembargador José Muiños Piñeiro Filho, conhecido pelas ações em defesa dos familiares de vítimas, vão debater, no seminário, as propostas por uma legislação mais justa e moderna.
As inscrições para o seminário podem ser feitas pelo site www.sejus.df.gov.br. Informações no Pró-Vítima: 2104-1934; 2104-1953.
Glória Perez
em defesa das vítimas

A escritora Glória Perez (foto) vai dar uma breve pausa nos preparativos da novela Salve, Jorge!, que estreia em 23 de outubro, na Globo, para participar do I Seminário dos Direitos Humanos das Vítimas de Violência, em 10 de agosto próximo, no Auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília.
A filha de Glória, a atriz Daniella Perez, foi covardemente assassinada pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua e a ex-mulher dele, Paula Thomaz, em 28 de dezembro de 1992. Em 1994, Glória levou à frente o projeto de lei popular que incluiu o homicídio qualificado na Lei do Crime Hediondo, recolhendo mais de 2 milhões de assinaturas em todo o país, com o apoio de familiares de vítimas.

Jocélia Brandão, que participou dessa campanha, também virá discutir os direitos humanos das vítimas de violência, no Seminário da Secretaria de Justiça do DF. Mãe da pequena Miriam, de apenas cinco anos de idade, sequestrada, morta e queimada, em Belo Horizonte, em dezembro de 1992, Jocélia atua, em Minas, por medidas contra a violência.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Atenção maior
às vítimas
 A Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência inaugura hoje o Posto do Pró-Vítima na 6ª DP, no Paranoá. A cerimônia terá a participação especial do grande músico brasiliense Sivuquinha, que vai executar o Hino Nacional ao acordeon, e de jovens do Grupo Azulim, de Sobradinho II, que farão uma apresentação de capoeira.
A criação do Posto foi proposta pelo delegado-chefe da 6ª DP, Miguel Lucena, durante visita do diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier ao Núcleo Paranoá, em março deste ano, para conhecer o programa (foto). Empenhado na parceria com a Secretaria de Justiça para assegurar agilização na atenção especial que deve ser concedida às vítimas de violência, Jorge Luiz iniciou estudos para a criação do Polaris Pró-Vítima, que permitirá o acesso on-line ao banco de dados das ocorrências de crimes violentos.